Nietzsche

""Como é que se deve subir a encosta?" Simplesmente sobe e não penses nisso!" [Nietzsche]

Manoel de Barros

"Nasci para administrar o à-toa, o em vão, o inútil." [Manoel de Barros]

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Não nasci para acumular o superfulo


Todos os meus amigos adquiriram bens de valores consideráveis.
eles construíram com isso um pensamento de superioridade em relação a mim. 
O ato de possuir e acumular coisas eram e são para eles
o medidor oficial de superioridade e de evolução na vida. 
Acho que faltou ambição na parte intermediaria da minha meia vida
E eu agradeço pela distração do destino.
Jamais serei colecionador de objetos inúteis
Todo ser humano deveria tomar para si
A atração da espiritualidade para com o próximo.
Minha superioridade reside neste fato
Meus antigos amigos não devem saber, mas não uso
Do poder de compra para adquirir, adquirir e adquirir coisas
Há ainda necessidades maiores com que se preocupar.
Comprar não é o meu forte
eu prefiro ainda desfazer do que já possuo em demasia
Não nasci para acumular o supérfluo,
Tenho pelas coisas materiais de maior valor
Um desapego profundo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Natureza


É a sua proximidade da natureza o ponto de encontro com a criticidade que a envolve. Toda grande ação nasce da relação de um ser com outro, saber dos movimentos e dos atalhos, saber das armadilhas e das próprias sistematicidades do meio. Na verdade conhecendo-a saberemos até onde podemos chegar, até onde podemos encarar. Só a natureza torna um semblante amargurado em um semblante doce e acalantado.    

sábado, 19 de julho de 2014

Curto esperar



A seis meses da minha partida começo a pensar mais nas dificuldades que vou encontrar do que nas descobertas depois de cada curva, em cada curva existe uma possibilidade de algo novo ou apenas uma curva que direcionara para outro rumo, uma nova rota. Enfim! O que se passa na cabeça de alguém acostumado a dormir em baixo do seu próprio teto, sem sentir frio porque há um cobertor do lado para cobri-se, sem sentir fome. Mas na verdade todo esse simplíssimo conforto entedia-me, a sombra e o conforto endurece e entedia o espírito do homem. Tenho inteiramente consciência que vou passar por intensos apuros, mas sei também das descobertas e desafios que irão me encher de alegria. Já não é hora de sentir medo, o tempo engole os anos e a vida encurta como um pavio em chamas, é preciso ser mais rápido ou pelo menos se aproximar da velocidade com que a chama percorre o curto pavio. Quando eu partir será com a convicção do novo tempero para o meu viver, uma nova fórmula para um novo despontar de cada manhã. Eis onde começa um novo amanhã, em dezembro só olharei para traz com o intuito de ver a estrada prolonga-se para traz. É hora de fazer o próprio destino.

Dois passos para liberdade, dois passos para uma loucura consciente.